sexta-feira, 30 de janeiro de 2009



Sempre ficava quieta e quando o assunto era sobre ela quase não dizia nada.Fugia de imprevistos,fazia tudo ao modo metódico.Gostava de ficar sozinha em seu mundo de borboletas e sentia prazer na solidão.
As pessoas não se conformavam com alguém que conseguia viver na solidão com alegria.Diziam à ela que era impossível ser feliz sozinho.Estavam sempre a lhe perguntar o que ela tinha,se estava bem,doente ou triste.
A maioria das pessoas queria saber de sua história,onde esteve,com quem foi,como voltou.Queriam saber se já lhe haviam sido fechadas muitas portas e quantas foram as janelas que ela soube abrir.Perguntavam-lhe porque ela era tão desligada.Um mundo estava sempre a posto para lhe proteger e socorrer.Não se cansavam de dizer quem o mundo é muito perigoso e que em cada esquina habitava um novo risco.
Ela tinha a sensação de estar presa num conto de fadas sem final feliz onde bruxas e magos lhe mostravam como o mundo era belo mas depois lhe prendiam em uma gaiola dourada.E o que ela queria mesmo era fugir.A simples liberdade para sair,gritar,dançar,cantar,viver.Ter algo tão abstrato como a liberdade em suas mãos.
Quando a garota estava triste dizia que estava ótima e quando estava bem dizia que estava triste.A opinião das pessoas pouco lhe importava afinal.Havia um mundo lá fora para conhecer,muitos caminhos a percorrer.Um destino tatuado na palma de sua mão.

Todo um mundo para lhe proteger e ela desejando apenas ser livre para voar.

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